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Ciberativismo Colaborativo

⊆ 22:22 by Adriana Rodrigues | . | ˜ 0 comentários »

A idéia é colaborar. Além de ser uma forma de ativismo realizado na Rede, a atuação dos grupos vem estimulando uma outra prática, a de colaborar. Vários são os sites, blogs que estão se utilizando deste instrumento para interagir cada vez mais com a sociedade civil. O Clickarvore é um dessse exemplos no quesito colaboração. Trata-se de um programa de reflorestamento com espécie nativas da Mata Atlântica através da internet. Cada click que o internauta faz é equivalente ao plantio de uma árvore, sendo estas custeadas por empresas patrocinadoras, e a sociedade civil participa com a ferramenta do e-commerce. Sendo uma parceira entre a Fundação SOS Mata Atlântica, o Instituo Ambiental Vidágua e o Grupo Abril, entre outros. Até ontem, foram doadas 12.968.674 árvores.

Um outro site que tem uma proposta bem interessante, e merece ao menos uma visita, é o Gafanhoto. O site promoveu um curso sobre ciberativismo, denomindao de SamPedestres onde o cidadão via celular, vídeo, envia algum problema da mobilidade de São Paulo. Com isso, criaram um mapa para indicar pontos de mobilidade paulistana. É uma espécie de Banco de Dados virtual que tenta desafogar o trânsito paulistano. A originalidade da projeto é indiscutível.
Com a proposta de fazer um censo entre outros blogs ciberativistas, o Rizoma se direciona em certas nuances e formatos cujos aspectos ou desenrolares se dão de uma forma pouco usual em relação a seus equivalentes norte-americanos. Voltado basicamente a dois destes blogs enquanto produção de conteúdo e de ações práticas-ativistas. A dica boa é ler os artigos que estão disponíveios no blog, em destaque sobre o Hacktivismo Brasileiro.
O Carta do Cidadão é um blog que divulga um projeto onde o internauta escreve cartas aos vários remetentes do sistema mundial de computadores. Essas cartas são enviadas por email a pessoas no Brasil e no mundo e publicadas nesse blog como registro dessa atividade. O blog conta como o auxílio de vídeos do youtube.com.




Entrevista com Édino Pereira, integrante da Frente Digital do MST, em São Paulo

⊆ 00:28 by Najara Lima | . | ˜ 0 comentários »

Por Najara Lima

Blog Cyberativismo - Quais as principais mudanças instauradas no movimento social a partir da inclusão das novas tecnologias da informação e da comunicação?
Édino Pereira -
Em primeiro lugar, a mudança para nós veio a galope, ou seja, não adquirimos até hoje todas as tecnologias oferecidas pelo grande capital, pois sabemos que onde há capital, também há uma pequena parcela da sociedade que monopoliza toda a tecnologia criada por ela mesma. Imagino que, hoje, o que temos são ferramentas já ultrapassadas se comparadas às já existentes, e por isso sempre estamos atrasados, não só o MST, mas a grande parcela pobre que existe no país. Apesar disso, houve, sim, grandes mudanças, e uma delas é o computador, juntamente com a internet. Hoje, sem essas duas ferramentas, não conseguimos trabalhar. Elas são um modo de trabalho, de articulação, de encaminhamento. Por isso que imagino que houve sim uma mudança, mas uma mudança obrigatória.

BC- Como o MST se utiliza dessas novas tecnologias?
EP -
Tem uma frase interessante que, se eu não me engano, foi o Milton Santos que disse: "Temos que nos apropriar da tecnologia para transformá-la em ferramenta transformadora da sociedade". A frase de fato não é assim, mas é parecida. Eu, como um dos contribuintes do Setor de Comunicação e do Projeto de Inclusão Digital do MST, imagino o mesmo, e sempre procuramos debater sobre as tecnologias impostas. Não podemos simplesmente virar as costas e dizer não para as novas tecnologias, e sim nos apropriar delas e socializá-las com o restante do movimento, definindo encaminhamentos de como utilizá-la para o bem comum, para o bem da sociedade.

BC - Você percebe uma facilitação da mobilização e da difusão da informação a partir do desenvolvimento da Internet?
EP -
Às vezes facilita, às vezes atrapalha. Facilita, pois as formas de encaminhamentos, as informações, notícias, etc., chegam a nós mais rapidamente e são transmitidas por nós da mesma forma. Outro ponto positivo é a questão econômica: é mais barato fazer um encaminhamento pela internet do que por telefone. Falo isso em grande escala. Por outro lado, também atrapalha, pois nos tornamos muito dependentes da internet. Hoje, há pessoas que, se não acessam a internet pelo menos uma vez por dia, ficam malucas. Isso eu acho um ponto muito negativo, a dependência cria vícios difíceis de retrocesso.

BC - Vocês têm pessoas capacitadas no MST para lidar com essas tecnologias em prol da causa?
EP -
Temos sim, uma equipe denominada Frente Digital / MST, que é uma frente que atua dentro do Setor de Comunicação do movimento. A equipe cuida das questões técnicas e políticas de segurança de informação.

BC - Você acha que a Internet vai, algum dia, substituir antigos meios de mobilização?
EP -
Algumas sim, mas não todas. Alguns tipos de mobilização têm que ser presenciais, até porque boa parcela da população não tem acesso a esse tipo de tecnologia. Então, nada melhor do que ir às ruas para pautar a sociedade.